Disqus for Eclausuradas nas Histórias

Resenha: A Hospedeira


     Se você for daqueles que julgam o livro pela autora e não pela história em si, acho melhor parar por aqui.

     Tudo o que costumávamos conhecer, já não existe mais. Desde que a Terra foi dominada, não existe mais violência, fome ou problemas ambientais. As Almas, assim chamadas, são ‘‘centopeias’’ que se alojam nos pescoço dos humanos, os chamando posteriormente de Hospedeiros.

“Nós não éramos esbanjadores. Tudo o que tomávamos, nós melhorávamos, tornávamos mais pacífico e belo. E os humanos eram bestiais e ingovernáveis. Haviam se matado com tanta freqüência, que o assassinato se tornara parte aceita da vida deles. (...) Não havia nenhuma igualdade na distribuição dos abundantes recursos do planeta. (...) Até mesmo a imensa esfera do planeta havia sido posta em risco (...), a Terra se tornara um lugar melhor, graças a nós.”
     Somos apresentados à Peregrina, uma alma no corpo da hospedeira Melanie Stryder. Peregrina é assim chamada por já ter habitado 8 dos 12 planetas descobertos. Após a colocação de Mel na Peregrina, ocorreu um problema: Melanie continua lá. Ou seja, duas pessoas em um mesmo corpo.

 O corpo e a pessoa presa dentro dele pertencem a MIM. 

     Mas a real finalidade de Peregrina estar no corpo é conseguir informações sobre a resistência, os outros humanos vivos, a família de Melanie.

     Como você agiria com alguém falando dentro de sua cabeça? Peregrina tem um dever a fazer, mas é impedida por Melanie, que a mostra lembranças sobre tudo o que passou e deixa nossa protagonista cada vez mais confusa sobre o que fazer. Entregar a resistência ou ir atrás da família de Melanie para protegê-los? 

     Nas primeiras 200 páginas, o que ocorre basicamente é um diálogo constante de Peregrina com Melanie.  Discussões, dúvidas e etc. Por isso tantas pessoas abandonaram o livro. Não irei mentir, é chato mesmo. Para mim, só ficou bom por volta da página 300. E é uma conversa muito detalhada, cheia de mimimi, que cansa.
 
     Depois da página 300, minha gente, o livro dá uma reviravolta maravilhosa. Aparecem personagens novos lindos-maravilhosos-apaixonantes (Ian<3), muda o cenário e Melanie e Peregrina acham um objetivo em comum, então começam a trabalhar juntas.

“(...) Será que eu sempre havia sido uma aberração ou isso era algo que Melanie estava fazendo comigo? Este planeta me mudou ou revelou o que eu realmente era?”

     Como eu disse no começo, por favor, não condenem A Hospedeira só porque é da Meyer. Ok, sei que Crepúsculo tem seus defeitos, mas vamos relevar já que era o primeiro livro da Stephenie, né? XD Acho que o que ela errou na série Crepúsculo, ela conseguiu acertar em A Hospedeira. Para começo de tudo: sem triângulos amorosos! Sim, venderam o livro como se tivesse isso, mas não tem. Infelizmente, não como explicar como a coisa funciona porque é spoiler (acho).

     Gostei bastante da sociedade distópica que a Meyer criou e acredito que ela conseguiu fazer com que tudo parecesse realmente bem real. O que eu quero dizer é: ela conseguiu fazer com que realmente acreditássemos naquilo.

     Só tenho a reclamar das primeiras páginas, que são realmente massacrantes, e da revisão da Intrínseca. Sério, a revisão é horrível.

     A capa é super linda e eu amei que conseguiram fazer o primeiro pôster do filme também combinando com ela (a foto está lá em cima).

     Então, gente, é isso. Deem uma chance para A Hospedeira. Aproveitem que está de 9,90 no Submarino! XD Realmente vale a pena.

Trilha Sonora Indicada:




Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente. Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.